sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sobre o Amor!


Um texto de Ferreira Gullar que vale a pena ser lido ...


"Houve uma época em que eu pensava que as pessoas deviam ter um gatilho na garganta: quando pronunciasse — eu te amo —, mentindo, o gatilho disparava e elas explodiam. Era uma defesa intolerante contra os levianos e que refletia sem dúvida uma enorme insegurança de seu inventor. Insegurança e inexperiência. Com o passar dos anos a idéia foi abandonada, a vida revelou-me sua complexidade, suas nuanças. Aprendi que não é tão fácil dizer eu te amo sem pelo menos achar que ama e, quando a pessoa mente, a outra percebe, e se não percebe é porque não quer perceber, isto é: quer acreditar na mentira. Claro, tem gente que quer ouvir essa expressão mesmo sabendo que é mentira. O mentiroso, nesses casos, não merece punição alguma.

Por aí já se vê como esse negócio de amor é complicado e de contornos imprecisos. Pode-se dizer, no entanto, que o amor é um sentimento radical — falo do amor-paixão — e é isso que aumenta a complicação. Como pode uma coisa ambígua e duvidosa ganhar a fúria das tempestades? Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador. É como o vento, também às vezes doce, brando, claro, bailando alegre em torno de seu oculto núcleo de fogo.

O amor é, portanto, na sua origem, liberação e aventura. Por definição, anti-burguês. O próprio da vida burguesa não é o amor, é o casamento, que é o amor institucionalizado, disciplinado, integrado na sociedade. O casamento é um contrato: duas pessoas se conhecem, se gostam, se sentem a traídas uma pela outra e decidem viver juntas. Isso poderia ser uma coisa simples, mas não é, pois há que se inserir na ordem social, definir direitos e deveres perante os homens e até perante Deus. Carimbado e abençoado, o novo casal inicia sua vida entre beijos e sorrisos. E risos e risinhos dos maledicentes. Por maior que tenha sido a paixão inicial, o impulso que os levou à pretoria ou ao altar (ou a ambos), a simples assinatura do contrato já muda tudo. Com o casamento o amor sai do marginalismo, da atmosfera romântica que o envolvia, para entrar nos trilhos da institucionalidade. Torna-se grave. Agora é construir um lar, gerar filhos, criá-los, educá-los até que, adultos, abandonem a casa para fazer sua própria vida. Ou seja: se corre tudo bem, corre tudo mal. Mas, não radicalizemos: há exceções — e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança.

Conheci uma mulher que costumava dizer: não há amor que resista ao tanque de lavar (ou à máquina, mesmo), ao espanador e ao bife com fritas. Ela possivelmente exagerava, mas com razão, porque tinha uns olhos ávidos e brilhantes e um coração ansioso. Ouvia o vento rumorejar nas árvores do parque, à tarde incendiando as nuvens e imaginava quanta vida, quanta aventura estaria se desenrolando naquele momento nos bares, nos cafés, nos bairros distantes. À sua volta certamente não acontecia nada: as pessoas em suas respectivas casas estavam apenas morando, sofrendo uma vida igual à sua. Essa inquietação bovariana prepara o caminho da aventura, que nem sempre acontece. Mas dificilmente deixa de acontecer. Pode não acontecer a aventUra sonhada, o amor louco, o sonho que arrebata e funda o paraíso na terra. Acontece o vulgar adultério — o assim chamado —, que é quase sempre decepcionante, condenado, amargo e que se transforma numa espécie de vingança contra a mediocridade da vida. É como uma droga que se toma para curar a ansiedade e reajustar-se ao status quo. Estou curada, ela então se diz — e volta ao bife com fritas.

Mas às vezes não é assim. Às vezes o sonho vem, baixa das nuvens em fogo e pousa aos teus pés um candelabro cintilante. Dura uma tarde? Uma semana? Um mês? Pode durar um ano, dois até, desde que as dificuldades sejam de proporção suficiente para manter vivo o desafio e não tão duras que acovardem os amantes. Para isso, o fundamental é saber que tudo vai acabar. O verdadeiro amor é suicida. O amor, para atingir a ignição máxima, a entrega total, deve estar condenado: a consciência da precariedade da relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vivê-la enquanto morre e morrê-la enquanto vive, como numa desvairada montanha-russa, até que, de repente, acaba. E é necessário que acabe como começou, de golpe, cortado rente na carne, entre soluços, querendo e não querendo que acabe, pois o espírito humano não comporta tanta realidade, como falou um poeta maior. E enxugados os olhos, aberta a janela, lá estão as mesmas nuvens rolando lentas e sem barulho pelo céu deserto de anjos. O alívio se confunde com o vazio, e você agora prefere morrer.

A barra é pesada. Quem conheceu o delírio dificilmente se habitua à antiga banalidade. Foi Gogol, no Inspetor Geral quem captou a decepção desse despertar. O falso inspetor mergulhara na fascinante impostura que lhe possibilitou uma vida de sonho: homenagens, bajulações, dinheiro e até o amor da mulher e da filha do prefeito. Eis senão quando chega o criado, trazendo-lhe o chapéu e o capote ordinário, signos da sua vida real, e lhe diz que está na hora de ir-se pois o verdadeiro inspetor está para chegar. Ele se assusta: mas então está tUdo acabado? Não era verdade o sonho? E assim é: a mais delirante paixão, terminada, deixa esse sabor de impostura na boca, como se a felicidade não pudesse ser verdade. E no entanto o foi, e tanto que é impossível continuar vivendo agora, sem ela, normalmente. Ou, como diz Chico Buarque: sofrendo normalmente.

Evaporado o fantasma, reaparece em sua banal realidade o guarda­roupa, a cômoda, a camisa usada na cadeira, os chinelos. E tUdo impregnado da ausência do sonho, que é agora uma agulha escondida em cada objeto, e te fere, inesperadamente, quando abres a gaveta, o livro. E te fere não porque ali esteja o sonho ainda, mas exatamente porque já não está: esteve. Sais para o trabalho, que é preciso esquecer, afundar no dia-a-dia, na rotina do dia, tolerar o passar das horas, a conversa burra, o cafezinho, as notícias do jornal. Edifícios, ruas, avenidas, lojas, cinema, aeroportos, ônibus, carrocinhas de sorvete: o mundo é um incomensurável amontoado de inutilidades. E de repente o táxi que te leva por uma rua onde a memória do sonho paira como um perfume. Que fazer? Desviar-se dessas ruas, ocultar os objetos ou, pelo contrário, expor-se a tudo, sofrer tudo de uma vez e habituar­se? Mais dia menos dia toda a lembrança se apaga e te surpreendes gargalhando, a vida vibrando outra vez, nova, na garganta, sem culpa nem desculpa. E chegas a pensar: quantas manhãs como esta perdi burramente! O amor é uma doença como outra qualquer.

E é verdade. Uma doença ou pelo menos uma anormalidade. Como pode acontecer que, subitamente, num mundo cheio de pessoas, alguém meta na cabeça que só existe fulano ou fulana, que é impossível viver sem essa pessoa? E reparando bem, tirando o rosto que era lindo, o corpo não era lá essas coisas... Na cama era regular, mas no papo um saco, e mentia, dizia tolices, e pensar que quase morro!...

Isso dizes agora, comendo um bife com fritas diante do espetáculo vesperal dos cúmulos e nimbos. Em paz com a vida. Ou não."

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Poema do amigo aprendiz" em Homenagem as Luluzinhas!

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.

Nem tão longe e nem tão perto.

Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,

Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.

Sem forçar tua vontade.

Sem falar, quando for hora de calar.

E sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente, nem presente por demais.

Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!

E por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças,

Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

(Fernando Pessoa)
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Ps: Elas só precisam existir ...
Para me completar!!!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quero Sempre Poder

"O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores." (Mario Quintana)
Quero sempre poder ter um sorriso
estampando em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas
renúncias e loucuras, alguém me valoriza
pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...e não brinque com ele.


(Mario Quintana)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Saudade ...




Eu tinha a alma faminta de amor
Quando seu cupido me acertou
Trouxe a um coração quase vazio
A emoção do seu calor no frio!

Meu anjo de luz,
Meu bem querer,
Te quero com todas as forças
Do meu viver!

Te quero ao meu lado,
No aconchego dos meus braços,

Nos meus beijos mais profundos,
No calor do meu corpo,
No brilho dos meus olhos apaixonados!

E quando partires, bebe ...
Quando tiveres que voltar para o seu mundo,
Não se esqueça .. leva contigo,
O que sem você não faz sentido!

Leva contigo os meus olhos ... para fitar-te ao dormir
Leva contigo os meus braços ... para enlaçar-te

Leva contigo minha boca ... para desejar-te

Leva contigo meu carinho ... para aquecer-te
Leva contigo a saudade ...
Ah por favor, leva a saudade
Que o meu peito sufoca
Quando sozinho, você parte!



Ps: te adoro d+

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É dificil ser dificil!


Calma, calma... Não se assustem com o título!
Não estou aqui para fazer uma apologia ao sexo sem “eira nem beira”, pelo contrário...
Sou completamente contra isso!
Acho que a mulher tem que se valorizar sim, se amar acima de tudo e respeitar a sua vontade e o seu TEMPO!
Mas estou aqui para discutir alguns pontos do universo masculino!

Tentar entender o universo masculino é um tarefa um tanto quanto complexa.
Para isso, é necessário comparar alguns padrões sociais entre homens e mulheres, principalmente no quesito SEXO!

Todos já sabem e para mim, ficou ainda mais claro que a mente masculina pensa em SEXO, enquanto a feminina pensa em SENTIMENTO, quando meu amigo Jorge exemplificou:
- Quando uma mulher chega em casa e pega seu companheiro com outra na cama e, neste exato momento ela o vê, olhando nos olhos da outra e dizendo: “EU TE AMO!”, o que fere MAIS a mulher, sem dúvida, não é o ato sexual, mas o que ela acabou de ouvir... O seu amado entregar seus sentimentos a outra.
- Nesta mesma situação, para o homem, o ato sexual é imperdoável, ver sua mulher na cama com outro, independente dos sentimentos dela por ele é o que, de fato, o deixa MAIS transtornado.

Desta forma, fica clara a primeira diferença elementar entre os sexos!

Outra situação interessante é o momento da conquista.

A mulher, geralmente, odeiam joguinhos de sedução...

Se o faz, não é necessariamente porque gosta, mas para tentar despertar um certo interesse no seu “homem objetivado”... Tentar ser um tanto misteriosa para ele.

No fundo, ela quer mesmo é partir pro “tudo” ou “nada”, saber se o homem que esta a sua frente é “o cara” ou, pelo menos, um ótimo candidato ao cargo.

O que interessa para a mulher, de fato, é o relacionamento, o compromisso em si.

É neste ponto que ela realmente curte a relação, pois esta SEGURA, não se sente ansiosa o tempo todo e pode, com tranqüilidade, ser ela mesma!

A insegurança feminina surge da necessidade de aprovação!

Por esse sentimento ela toma atitudes impulsivas que podem sufocar o relacionamento logo de cara, passando uma idéia de carência (nem sempre verdadeira).

Esta mesma necessidade também as move, muitas vezes, a abrir mão de suas personalidades e escolhas, colocando o homem no centro do universo e lhe dizendo literalmente: “sou sua capacho... pode pisar!”.

Assim também, ela não resiste por muito tempo às investidas sexuais do homem (que geralmente ainda esta conhecendo melhor) ... O que causa, para ele, a idéia que a mulher é “fácil de mais” e que ela deve “fazer isso com todos”.

Todos estes momentos de “avaliação inicial” geram na mulher uma expectativa muito grande... ela deseja profundamente que ele a considere como “uma mulher que vale a pena”, e faz tudo que “acredita” estar certo para que isso aconteça.

Para o homem, o jogo da sedução é fundamental (mesmo que ele negue)!

O que cativa o homem, o deixa intrigado pela mulher é o mistério que ele encontra nela e a dificuldade para conquistá-la, ou seja, não é o relacionamento em si, mas o caminho para tal.

A primeira coisa que um homem vai fazer é tentar de te levar para cama (ou outro lugar com o mesmo fim)... Isto é fato!

Se a mulher sede facilmente, se demonstra estar muito interessada, se liga o tempo todo, se faz cobranças... logo, pela própria natureza do homem, ele perde o interesse.

Dê uma prova disso tudo para si mesma:

Quantas vezes você, mulher, esteve loucamente apaixonada por um gatinho que simplesmente “sumiu”???

E quantos bons e longos relacionamentos teve com pessoas das quais “nem gostava tanto assim” ... onde o cara teve que ralar muito para conquistar seu coraçãozinho???

Você já deve ter lido muito por ai sobre tudo que falei acima, mas o que me incomoda são os rótulos e generalizações, e eu estou aqui justamente para falar das exceções!

O que impressiona, no momento da conquista masculina são os rótulos (que deixam as mulheres inseguras)!

Será que só porque a mulher está demonstrando “gostar” do rapaz logo de cara, por que liga pra ele e pior ... por que sede, não só à suas investidas sexuais, mas principalmente ao DESEJO SEXUAL dela própria ... aquela mulher é “FÁCIL” de mais?

Agora vamos inverter as posições: rotuladas e rotuladores!

O que poderíamos dizer de um homem que tenta levar todas as mulheres que conhece para cama?
Talvez as feministas diriam que eles não tem “amor no seu corpinho” e que com certeza são “FACEIS” de mais, pois não conseguem resistir ao seu desejo e as invertidas do sexo frágil.

Ou então, o que as mulheres poderiam dizer do homem que chama uma mulher que ele nunca viu de “gata” o tempo todo apenas porque viu a foto do “olho” dela no perfil do orkut. Poderíamos chamá-los de “videntes”?

E o cara que liga pra mulher, é atencioso com ela desde o inicio, manda mensagens e diz que sente saudades. Poderíamos pensar que ele faz isso com todas e nos desinteressar deles?
É claro que na prática não é assim que acontece, o homem que sair com "todas" é taxado de "conquistar" e a mulher ... nem precisa comentar né!
Deixemos os rótulos de lado!!!

É difícil ser difícil quando se QUER alguém!!!

Quando se quer estar junto e demonstrar sentimentos e desejos.

Nem sempre é uma questão de como a pessoa age SEMPRE que esta sendo “conquistada” ou “conquistando”... Às vezes, a atitude dela com você também pode ser uma exceção para ela, o que não vai te tornar “só mais um” e sim “O cara”!

Pense nisso ... dê-se uma chance de ser feliz sem rótulos!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Antes de enterrar o seu relacionamento


Depois de algum tempo de relacionamento você já não sabe mais se está com a pessoa certa.

Muitas vezes só aceita permanecer ao lado do parceiro por medo da solidão, por comodismo, pelos filhos pequenos ou mesmo pela condição financeira, prolongando uma vivencia infeliz.

Em todas as brigas, você culpa o outro por todos os desajustes que existem no relacionamento de vocês e depois de pensar muito, decide que não consegue mais viver com a outra pessoa.

Neste momento onde o coração já está cheio de magoas, fica muito difícil racionalizar os sentimentos. Nossas atitudes sem pensar podem trazer futuros arrependimentos.

Proponho aqui uma reflexão!

Antes de começar a jogar os punhadinhos de terra sobre a cova dos seus sentimentos, há de se levar em conta algumas considerações:

Você realmente conhece as características de um mau relacionamento?


Recentemente li uma entrevista com o psicólogo Flávio Gikovate (não lembro a fonte), a idéia que ele passava era que todo mau relacionamento é composto por duas figuras, a que doa de mais e a egoísta de mais. As duas figuras "estão erradas”.

A que doa de mais erra, pois o tempo todo cobra reconhecimento por isso.



E a egoísta de mais erra, pois o tempo todo esta acomodada, esperando do outro a solução de todos os problemas.

Pessoalmente acredito que 99% dos relacionamentos problemáticos possuem essas duas figuras.

A melhor forma de se encontrar a harmonia em um relacionamento é exercitar diariamente o "JUSTO", nem mais nem menos.



O psicólogo aborda o assunto no livro “Mal, o Bem e mais alem.” - Gikovate constatou que a união entre homens e mulheres se dá entre opostos, isto é, uma pessoa egoísta se encanta com uma pessoa generosa e vice-versa. A atualização do assunto mostra que a saída saudável está na evolução de cada ser humano para atingir o estado de harmonia formando-se casais entre pessoas similares e mais justas.
(Clique aqui para ir a fonte)



Outro ponto a se observar é que devemos evitar ao máximo as comparações, críticas duras e limitações.


Respeitar a individualidade é fundamental!


Não importa se o marido da sua amiga parece ter saído de um filme de romance, você não esta com eles todos os dias, 24 horas, para saber se são mais felizes do que você pode ser (se quiser), ou se o seu marido tem algum vício que você não suporta... Com o estímulo certo e sem criticas duras, tudo pode ser mudado (começando por você).


A forma com que você vê o seu parceiro pode alimentar o amor dentro de você ou destruí-lo!


Antes de "impor" nossos desejos e vontades, tambem devemos ouvir e "respeitar" a opinião do outro. Neste exercício de "ouvir mais", devemos ter a humilde de aceitar críticas (principalmente as construtivas) sobre nós mesmos.


Ninguém gosta de ser criticado, mas se antes de atirar as pedras que temos nas mãos quando ouvimos uma crítica sobre nossas condutas, nos questionarmos intimamente se "somos realmente assim?", poderemos perceber com clareza os pontos onde devemos mudar.
Perceba a sua contribuição para o fim de um relacionamento!


Avalie todos os amores e relações que você já teve e veja se não esta cometendo os mesmos erros. Se o seu relacionamento não vai bem, já parou pra pensar que a culpa também é sua?


Muitas das ações que você reprova no seu parceiro são conseqüências das suas próprias ações e é necessário deixar o orgulho de lado para se alto criticar e, principalmente, mudar!

Só depois de uma alto-reflexão é possível ter absoluta certeza que os seus atos não lhe trarão arrependimentos futuros.

Quando conseguir dizer a si mesmo que você deu o melhor de si neste relacionamento, que se doou por completo e fez o que pode para que o outro fosse feliz ao seu lado, aceitando a individualidade mutua e mesmo assim não deu certo... Daí então é o momento de jogar a toalha e partir para outra com a cabeça erguida!

Não se esqueça que não há tempo certo pra recomeçar... E nunca é tarde para ser feliz!!!



Fiquem com Deus!

Outro link interessante: Entrevista com Gikovate - “Não precisa casar. Sozinho é melhor”

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Textos Especiais - Autores diversos.

Um dia voce aprende - William shakespeare

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"


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Morre lentamente - Pablo Neruda


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.

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Quando me amei de verdade - versão original de Kim e Alison McMillen
(Segundo o link este texto não é de Chaplin)

Quando me amei de verdade
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo,
na hora certa.
Então pude relaxar.
Quando me amei de verdade
pude perceber que o sofrimento
emocional é um sinal de que estou indo
contra a minha verdade.
Quando me amei de verdade
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece
contribui para o meu crescimento.
Quando me amei de verdade
comecei a perceber como é ofensivo
tentar forçar alguma coisa ou alguém
que ainda não está preparado.
- inclusive eu mesma.
Quando me amei de verdade
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e - qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoísmo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.
Quando me amei de verdade
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!
Quando me amei de verdade
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.
Quando me amei de verdade
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.
Quando me amei de verdade
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada.
(Este texto ja foi atribuido na internet a Fernando Pessoa e Vinícius de Moraes, porem não foram comprovadas tais autorias.)

Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, de angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue sua a vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens...
Aí os dias vão passar, meses... anos... até esse contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia, nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas?Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.E nos perderemos no tempo...Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

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Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, e crescem sem pedir licença! Crescem como uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente. Um dia, sentam perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar fraldas daquela criatura.

Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E agora você está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais no volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins e cabelos soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então, com a blusa amarrada na cintura. Está quente, achamos que vão estragar a blusa, mas não tem jeito: é o emblema da geração.

Pois ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias e das ditaduras das horas. E eles crescem meio amestrados, observando nossos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfão dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas.

Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer, para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências, entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.

Não, não os levamos suficientemente ao maldito Play Center, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e Cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais e páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, pedidos de chiclete e sanduíches e cantorias infantis. Depois, chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daqueles “pestes”.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos, e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.