segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Antes de enterrar o seu relacionamento


Depois de algum tempo de relacionamento você já não sabe mais se está com a pessoa certa.

Muitas vezes só aceita permanecer ao lado do parceiro por medo da solidão, por comodismo, pelos filhos pequenos ou mesmo pela condição financeira, prolongando uma vivencia infeliz.

Em todas as brigas, você culpa o outro por todos os desajustes que existem no relacionamento de vocês e depois de pensar muito, decide que não consegue mais viver com a outra pessoa.

Neste momento onde o coração já está cheio de magoas, fica muito difícil racionalizar os sentimentos. Nossas atitudes sem pensar podem trazer futuros arrependimentos.

Proponho aqui uma reflexão!

Antes de começar a jogar os punhadinhos de terra sobre a cova dos seus sentimentos, há de se levar em conta algumas considerações:

Você realmente conhece as características de um mau relacionamento?


Recentemente li uma entrevista com o psicólogo Flávio Gikovate (não lembro a fonte), a idéia que ele passava era que todo mau relacionamento é composto por duas figuras, a que doa de mais e a egoísta de mais. As duas figuras "estão erradas”.

A que doa de mais erra, pois o tempo todo cobra reconhecimento por isso.



E a egoísta de mais erra, pois o tempo todo esta acomodada, esperando do outro a solução de todos os problemas.

Pessoalmente acredito que 99% dos relacionamentos problemáticos possuem essas duas figuras.

A melhor forma de se encontrar a harmonia em um relacionamento é exercitar diariamente o "JUSTO", nem mais nem menos.



O psicólogo aborda o assunto no livro “Mal, o Bem e mais alem.” - Gikovate constatou que a união entre homens e mulheres se dá entre opostos, isto é, uma pessoa egoísta se encanta com uma pessoa generosa e vice-versa. A atualização do assunto mostra que a saída saudável está na evolução de cada ser humano para atingir o estado de harmonia formando-se casais entre pessoas similares e mais justas.
(Clique aqui para ir a fonte)



Outro ponto a se observar é que devemos evitar ao máximo as comparações, críticas duras e limitações.


Respeitar a individualidade é fundamental!


Não importa se o marido da sua amiga parece ter saído de um filme de romance, você não esta com eles todos os dias, 24 horas, para saber se são mais felizes do que você pode ser (se quiser), ou se o seu marido tem algum vício que você não suporta... Com o estímulo certo e sem criticas duras, tudo pode ser mudado (começando por você).


A forma com que você vê o seu parceiro pode alimentar o amor dentro de você ou destruí-lo!


Antes de "impor" nossos desejos e vontades, tambem devemos ouvir e "respeitar" a opinião do outro. Neste exercício de "ouvir mais", devemos ter a humilde de aceitar críticas (principalmente as construtivas) sobre nós mesmos.


Ninguém gosta de ser criticado, mas se antes de atirar as pedras que temos nas mãos quando ouvimos uma crítica sobre nossas condutas, nos questionarmos intimamente se "somos realmente assim?", poderemos perceber com clareza os pontos onde devemos mudar.
Perceba a sua contribuição para o fim de um relacionamento!


Avalie todos os amores e relações que você já teve e veja se não esta cometendo os mesmos erros. Se o seu relacionamento não vai bem, já parou pra pensar que a culpa também é sua?


Muitas das ações que você reprova no seu parceiro são conseqüências das suas próprias ações e é necessário deixar o orgulho de lado para se alto criticar e, principalmente, mudar!

Só depois de uma alto-reflexão é possível ter absoluta certeza que os seus atos não lhe trarão arrependimentos futuros.

Quando conseguir dizer a si mesmo que você deu o melhor de si neste relacionamento, que se doou por completo e fez o que pode para que o outro fosse feliz ao seu lado, aceitando a individualidade mutua e mesmo assim não deu certo... Daí então é o momento de jogar a toalha e partir para outra com a cabeça erguida!

Não se esqueça que não há tempo certo pra recomeçar... E nunca é tarde para ser feliz!!!



Fiquem com Deus!

Outro link interessante: Entrevista com Gikovate - “Não precisa casar. Sozinho é melhor”

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Textos Especiais - Autores diversos.

Um dia voce aprende - William shakespeare

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"


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Morre lentamente - Pablo Neruda


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.

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Quando me amei de verdade - versão original de Kim e Alison McMillen
(Segundo o link este texto não é de Chaplin)

Quando me amei de verdade
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo,
na hora certa.
Então pude relaxar.
Quando me amei de verdade
pude perceber que o sofrimento
emocional é um sinal de que estou indo
contra a minha verdade.
Quando me amei de verdade
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece
contribui para o meu crescimento.
Quando me amei de verdade
comecei a perceber como é ofensivo
tentar forçar alguma coisa ou alguém
que ainda não está preparado.
- inclusive eu mesma.
Quando me amei de verdade
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e - qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoísmo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.
Quando me amei de verdade
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!
Quando me amei de verdade
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.
Quando me amei de verdade
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.
Quando me amei de verdade
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada.
(Este texto ja foi atribuido na internet a Fernando Pessoa e Vinícius de Moraes, porem não foram comprovadas tais autorias.)

Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, de angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue sua a vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens...
Aí os dias vão passar, meses... anos... até esse contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia, nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas?Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.E nos perderemos no tempo...Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

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Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, e crescem sem pedir licença! Crescem como uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente. Um dia, sentam perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar fraldas daquela criatura.

Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E agora você está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais no volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins e cabelos soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então, com a blusa amarrada na cintura. Está quente, achamos que vão estragar a blusa, mas não tem jeito: é o emblema da geração.

Pois ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias e das ditaduras das horas. E eles crescem meio amestrados, observando nossos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfão dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas.

Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer, para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências, entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.

Não, não os levamos suficientemente ao maldito Play Center, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e Cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais e páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, pedidos de chiclete e sanduíches e cantorias infantis. Depois, chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daqueles “pestes”.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos, e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Amores ou muletas emocionais



Muitas vezes nos sentimos sozinhos e carentes!


Nos apaixonamos facilmente simplesmente pelo fato desesperador de querer sair do grupo dos solteiros.


Acreditamos em amor a primeira vista quando isso, na maior parte das vezes, não passa de um misto de paixão (vontade excessiva), desejo e baixa alto-estima.


Costumamos dizer para nós mesmos que não sabemos viver sozinhos e seguimos apoiados em "muletas emocionais".



Nos entregamos a relacionamentos desajustados e infelizes por acreditar que sem o "outro" seria pior.



Quantas vezes aceitamos aquele convite da amiga que diz que não adianta ficar trancada em casa após o fim de um relacionamento e vamos para a balada pelos "motivos errados".



Nos arrumamos com roupas curtas, decotadas, perfume, maquiagem, chapinha, manicure, etc... Com a intenção de sair da balada acompanhada e este, na verdade, passa a ser seu único objetivo naquela noite.


Quando isso ocorre, você esta indo para balada pelos motivos errados, pois está buscando algo externo a você que te complete sem se dar conta que isso pode ser extremante frustrante.



Na balada, enquanto os amigos contam uma piada ou reclamam sobre o dia extressante e tentam se divertir um pouco, você passa o tempo todo olhando as outras mesas procurando a próxima caça num desespero total.

Quando finalmente seu olhar é retribuído, você logo dá um jeito pra conversa começar (isso quando o teor alcoólico não se torna desculpa para dispensar as apresentações) .


No meio da conversa você já percebe que ele não seria seu "príncipe encantado" mas como não quer ir pra casa sozinha mesmo assim aceita aquela companhia.



Outras vezes, você pode acabar não encontrando nem mesmo um "sapo" pra te levar pra casa, e após ter gasto horas se "emperiquitando" começa a se questionar porque não conseguiu ninguém.



Acredito que o um bom motivo para ir a balada com as amigas é exatamente curtir a companhia delas, do ambiente freqüentado, das conversas, sem necessariamente ter que ter beijado alguém no final da festa.



É necessário exercitar o amor próprio para abrir mão de todos os tipos de muletas emocionais, sejam pessoas ou coisas matérias, pois um bom caminho para a felicidade é encontrar o motivo certo para fazer as coisas e viver suas relações.


"Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos a nos buscar
em outras metades.

Para viver a dois, antes,
é necessário ser um."

Fernando Pessoa

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Obrigada ...


Por ter surgido em mim como a fé nos desesperados pra que eu pudesse levar uma gota de orvalho dessa terra que ficou sobre minha carne como uma nódoa do passado.

Por ter me aberto os olhos quando eu não podia enxergar quão perfeita beleza há nas coisas mais simples e rotineiras da nossa própria existência.

O dia por exemplo - céu azul, depois vermelho, depois negro.

E então é como se algo superior trouxesse o luar e as estrelas para clarear a escuridão e testemunhar os suspiros dos enamorados, o perfume das flores, o vôo rápido de um pássaro beija-flor q se embebedava com o néctar, um abraço apertado, inerte ao tempo... os olhares brilhantes ... sonhadores ... transparentes como cristais refletindo luz.

Obrigada ...

Por ter me mostrado que o que eu sentia não era o máximo que eu podia sentir por alguém... q há em mim um coração ainda maior que não pode simplesmente aceitar a vida e as emoções que surgem pelo caminho... mas q necessita ir muito alem dos sentidos.


Me preparar para um amor verdadeiro ... um amor puro.

Por me permitir vivenciar algo em que eu já acreditava mas não sentia ... “amar não é sinônimo de possuir e é agente quem tem que aprender a amar”.

Por ter me tirado do peito o medo de me aventurar e jogar tudo pro alto... de viver todo momento tão intensamente como quem pula de um precipício de olhos fechados.

Por ter-te em minha companhia mesmo que mentalmente,
ultrapassando as barreias do tempo e do espaço.

Por ser meu amigo, meu herói, meu anjo querido...

Por ser minha alma gêmea ... muito alem do sentido de “homem/mulher” ... coisas carnais ou matérias ... mas principalmente de confidencias, confiança, carinho, respeito, afeto, querer bem.

Nós para sempre... verdadeiros!


Ps: Texto escrito a alguns anos para um grande amigo que ja foi um grande amor! rs

Tributo ao meu Pai

(clique na imagem)


Perdi muito mais que um pai.
Perdi meu professor... Aquele que me ensinou tudo o que sei e o que sou.
Perdi meu herói, minha referência, meu espelho.

Perdi a oportunidade de ter-lhe dito mais vezes em vida o quanto lhe amo e o quanto sou grata por tudo.
Perdi meu amigo, meu melhor amigo.Aquele que me dava colo em dias tristes e que me repreendia nos atos errados; isso tudo porque me amava, NOS amava, incondicionalmente.
Perdi – o em vida, neste mundo, mas ainda o sinto presente como um anjo de amor que nos protege e nos guia.
Que de toda e qualquer forma nos ama, ultrapassando as barreiras do tempo e do espaço, da vida e da morte.
Essa dor que sinto e compartilho com os que amo é indescritível.
Penso que, mesmo quando a ferida cicatrizar com o tempo, ainda assim não serei capaz de esquecê-lo nem por uma noite.
Irei todos os dias em pensamentos e orações lhe transmitir meus desejos sinceros de paz, gratidão, respeito e amor ... Amor eterno.
E das lembranças fica a saudade...
A tristeza de ter partido cedo de mais...
E a lição de que devemos, sempre que possível, estar perto das pessoas que amamos porque o amanhã é incerto e ele pode não chegar!
Ao meu velho, que era um homem vivido e sábio, que ensinou aos seus filhos o caminho certo pelo qual devemos caminhar na vida ...
Eu ofereço as minhas palmas em sentido de amor e gratidão.
Só me resta dizer: muito obrigada!

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Escrevi este texto a exatamente 3 anos, quando meu pai desencarnou. Hoje sei que não o perdi, mas que dá saudade ... haa isso dá rs.


Penso que se eu pudesse ouvi-lo recitar poemas ... ele diria um trecho do poema "Se eu morrer antes de você" de Vinícius de Moraes:




"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor.

Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe

Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.

Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me.

Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.

Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei.

Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !' (...)"


Te amu meu Velho!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A vida

A vida é emoção. Apaixonados, lutamos contra os dias que escorrem como água entre os dedos. Imprecisa, não-evidente, enviesada, carente de construção, a vida espera ser talhada por artesãos. No caldo da angústia universal, confia que alquimistas transformarão atrevimento em circunspeção. Quer converter Valquírias em Marias, bárbaros em samaritanos.



A vida é mistério. De onde vem o sentimento de beleza? Por que entesouramos os instantes delicados do passado? Por que a morte desfigura e esfumaça os olhos? Para onde se expande a margem extrema do universo? Que mecanismo impede a mente de ressentir dores? Por que nos vemos como outra pessoa nos sonhos, mas sempre sendo nós?


Infelizmente começamos com afirmações e esquecemos as perguntas. Não transformamos os pontos de interrogação em lupas. Presunçosos, não carregamos o pente fino da dúvida no bolso do colete. Cegos, temos medo das aporias. Desistimos dos porquês infantis e ficamos com as certezas que nos entorpecem.


A vida é triste. Agonizamos com a lama burocrática que encobre o vilarejo pobre. Impotentes, tentamos resistir o mal sistêmico que prescinde das pessoas. Não entendemos como as elites conseguiram inventara o motor-contínuo para energizar a máquina da injustiça. Perdidos, procuramos fazer com que bondade e misericórdia não desapareçam do vocabulário religioso. Abatidos, vemos a sordidez sentar na cadeira da polidez. A implacabilidade ganhar da bondade. A ambigüidade moral amordaçar a solidariedade.


A vida é bela - e sempre desejável, dizia o poeta. O dilúvio não descolore a aquarela que se refrata na neblina. Homens e mulheres continuam a esperar por um novo céu e uma nova terra, onde crianças brincam com serpentes. Percebemos o divino no bailar da folha enamorada do vento. Celebramos a formosura de viver no ancião que planta uma árvore, na mãe que ensina a filha surda a falar com as mãos, no menino que, na capoeira, faz da luta uma dança.


A vida é trágica. Subimos no palco sem roteiro. Não passamos de atores sem texto para decorar. Personagens que atuam sem noção do instante que as cortinas descerão. Contracenamos com gente que acabamos de encontrar. Vez por outra escutamos apupos e procuramos as máscaras sorridentes, que disfarçam os constrangimentos. Sem coxia, não temos para onde correr. Assumimos diferentes papeis mesmo sabendo que a tragédia é inevitável. Sofremos. Quando nos acostumamos com os holofotes, o diretor grita: acabou o espetáculo.


Autor desconhecido.

A criança interior!






"Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa". Carl Gustav Jung



Eu poderia escrever sobre o assunto mais seria redundante, pois já existe muitos artigos e textos publicados na net sobre o assunto.
So gostaria de ressaltar aqui dois poemas, um de Mario de Sá Carnero e outro de Fernando Pessoa cujo poema foi citado no livro "Escutando Sentimentos" - capítulo reproduzido neste link: http://karinizumi.wordpress.com/2008/07/27/cuidando-da-crianca-interior/.
Esses dois poemas maravilhosos nos chamam a atenção à questão de "quem somos" e "quem fomos ".
Expressa de uma forma melancólica, podemos verificar a saudade da inocência, da pureza da criança que se fora um dia e o sentimento de desconhecimento de si.
Na busca da felicidade, é necessário amar-se, encontrar-se com sua criança interior, conhece-la e consequentemente conhecer a ti no momento em que se vive!
Confrontando passado, presente e futuro... podemos analizar melhor nossa escolhar até aqui e o que devemos fazer para seguir o melhor caminho em direção a evolução constante!


"A beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: é dar um passo atrás". (Autor Desconhecido)




"A criança que fui chora na estrada - Fernando Pessoa"
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
Dia a dia mudamos para quem
Amanhã não veremos. Hora a hora
Nosso diverso e sucessivo alguém
Desce uma vasta escadaria agora.

E uma multidão que desce, sem
Que um saiba de outros. Vejo-os meus e fora.
Ah, que horrorosa semelhança têm!
São um múltiplo mesmo que se ignora.

Olho-os. Nenhum sou eu, a todos sendo.
E a multidão engrossa, alheia a ver-me,
Sem que eu perceba de onde vai crescendo.

Sinto-os a todos dentro em mim mover-me,
E, inúmero, prolixo, vou descendo
Até passar por todos e perder-me.
Meu Deus! Meu Deus! Quem sou, que desconheço
O que sinto que sou? Quem quero ser
Mora, distante, onde meu ser esqueço,
Parte, remoto, para me não ter.



"Dispersão - Mario Sá Carneiro"
Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem. (...)
Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.
Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que projeto:
Se me olho a um espelho, erro —
Não me acho no que projeto.
Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim. (...)
(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...
E sinto que a minha morte —
Minha dispersão total —
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.
Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.
Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas...
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas...
Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas Pra se dar
Ninguém mas quis apertar
Tristes mãos longas e lindas
Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal?
Um elo? Um rastro?... Ai de mim!...
Desceu-me na alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo.
Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormente
Em urna bruma outonal.
Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida,
Eu sigo-a, mas permaneço,...


Mais sobre o assunto: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crianca01.htm